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No dia 19 de março, em plena pandemia, estreou a web-série independente “Um sonho perdido?”. A web-série conta a história de dois jovens MC´s com realidades diferentes, Dafra um jovem sonhador de periferia, traficante, sem emprego, sem oportunidade, sem família, realidade muito comum em várias quebradas do Brasil e Luke um jovem com estrutura, tem tudo em suas mãos, no entanto não valoriza as oportunidades, o caminho desses dois jovens vão se encontrar e um vai mudar a vida do outro. O idealizador desse projeto é o mano Causo, artista e produtor de Colombo, já atua no cenário organizando batalhas, projetos em escolas, ja faz alguns anos, segundo o Causo, a um tempo atrás começou a se interessar por curta metragem, assistiu vários independentes de São Paulo e Rio de Janeiro, porém uma das suas inspirações foi o Jhow, um artista de Curitiba que fez um curta metragem, chamado “Faço minhas linhas”, os dois já se conheciam e já fizeram várias caminhadas juntos, vendiam cd pelas ruas e foi o ponto inicial disso tudo. Causo faz parte do coletivo Firma Zica, convidou alguns amigos, criou um grupo no Whatsapp, e apresentou a idéia do projeto, no melhor estilo “Faça você …

A Cypher do Bairro Alto teve o seu início de planejamento no final de junho, 29, logo na sequência foi anunciado o primeiro Lock Down no Paraná, o decreto entrou em vigor aqui em Colombo no dia 02, uma quinta feira, a gravação que seria no domingo, 05, teve que ser adiada pra não criar aglomero e evitar a propagação do vírus, e consequentemente denúncias. Os artistas convidados pra cypher foram: Rel Firma Zica, Renato Freitas(Mingau), T.D.R Chapa2 (Tavin do Rap) e Kave, todos com raízes no Bairro Alto, um fato importante que eu destaco é a participação do Renato Freitas(Mingau) advogado, sempre militante nas causas dos menos favorecidos, mostrando que a quebrada estava abraçando a sua campanha para vereador em Curitiba. O Rap marginalizado O RAP já é marginalizado, estigmatizado, os zés povinhos só esperam uma oportunidade para criar factoides, como já aconteceu aqui no Cena Underground, trabalhamos com bastante artistas independentes, negros, ex presidiários, do Rap, do Rock e do Reggae, quem não entende e vê de fora, acha que tudo isso é coisa de vagabundo, bandido, e sentem medo, no entanto não é assim que a banda toca. Além do lockdown um tempo depois meus pais pegaram …