Cena Underground Ponto de Cultura
Na última quinta-feira,14, o Cena Podcast, um dos melhores conteúdos culturais e de debates, não somente de Colombo, mas de toda a Região Metropolitana, trouxe para um bate papo, o artista plástico, roqueiro, escritor e tatuador, Ulisses Rodrigues, que de início me chamou a atenção, a cara que não me parecia desconhecida, e no decorrer da conversa com Edgar Barreto e DJ Dex, logo deu para perceber que naquela noite eu ainda teria muitas surpresas.
Úlisses Rodrigues é um desses artistas e ativistas da cena cultural que a gente paga para ouvir, e até por isso é importante fortalecer esse canal do Cena Podcast, pois além de todo um vasto conhecimento histórico da conjuntura contemporânea, também traz uma trajetória importante dentro do contexto do rock curitibano e colombense, e é com esse olhar meio de saudosismo, e com o testemunho de quem viveu e vive a vibe do seu tempo, que a entrevista rolou, de uma forma onde toda a galera se encontrou, de um jeito ou de outro, cada um no seu espaço.
Como integrante da banda Necrotério, aqui de Colombo, Ulisses Rodrigues não deixa de ter um olhar critico sobre a nosso cenário cultural e político, mas também cita suas passagens pela Europa e pelo Brasil, e aí reside a importância do artista inquieto com sua arte e missão, onde a busca nem sempre é pelo sucesso fácil e fulgaz, mas pelo tempo que sua arte é capaz de construir algo mais relevante.
Além de satisfazer os seus contemporâneos, através daquilo viveu nos anos 80 e 90, agora o artista também mostra a necessidade de trazer para o nosso cenário atual o que poucos conhecem, uma cidade cheia de referências musicais, principalmente no Rock, Rap, Punk Rock, e intensa movimentação no município, e que de certa maneira não é visto como de Colombo, e sim como de Curitiba, considera a capital do Rock brasileiro pelos especialistas em 2017, nos anos 90 já era vista como a Seattle do Brasil ( Seattle berço do movimento Grunge). Como bom metaleiro, Ulisses Rodrigues não deixou de fazer uma viagem no tempo.
De tudo que o artista e Edgar Barreto e DJ Dex trouxeram, para quem assistiu e participou, o maís relevante deve ser a necessidade de fazer um resgate da memória dos nossos movimentos em Colombo, desde dos anos 80, 90 até os dias de hoje, valorizar mais as nossas bandas, e conquistar de vez o respeito que merecemos.
